Cantor falou sobre a mistura que a música brasileira tem.
Com longa carreira, ele conta como a música baiana ganhou espaço.
A banda Asa de Águia preparou uma surpresa para os 15 anos do Axé Brasil, comemorados nesta edição, no Mineirão, em Belo Horizonte. O cantor Durval Lélys deu de presente para os mineiros uma nova canção que fala de futebol: “Suba no meu trio”. Aproveitando o cenário esportivo, Durval ainda falou de Copa do Mundo e da abertura do campo para receber artistas em atividades musicais.
Segundo o líder do grupo Asa de Águia, o Mineirão foi um dos primeiros estádios no Brasil a abrir espaço para shows, coisa que já acontecia fora do país. ‘Futebol e música são duas paixões brasileiras”, disse Durval. E perguntado sobre a mistura que fez do Axé com forró recentemente, ele diz “ Tudo isso é música, que é a cara do Brasil”. E acrescenta, “graças a Deus já está mais diversificada”.
Bahia é um estado que tem como cartão postal o axé e o carnaval, mas o músico não restringe essa bandeira só a terra natal. “O carnaval não foi criado por nós. A evolução das marchinhas para o axé é a evolução de um ritmo que não é baiano, mas sim brasileiro”. E conta a história de como tudo começou. “Começamos aqui com uma micareta que saía da Savassi e depois foi para a avenida Afonso Pena. Fomos os precursores das micaretas em BH”. E completa “Estamos colhendo sementes do que plantamos lá trás”, diz.
Sobre a história dos trios elétricos, ele lembra o início da festa nas ruas. “O trio elétrico foi fundado por Dodô e Osmar. Osmar já dizia que tínhamos que carnavalizar o mundo, trieletrizar. Acho que o que ele queria, já se consolidou”, diz.
Pela primeira vez, o grupo Asa de Águia dividiu o palco com Chiclete com Banana, que segundo Durval Lélys, é sua banda irmã. “Estamos juntos por coincidência. E isso é muito bom, é o que estamos precisando: juntar os artistas da Bahia para resgatar a força da nossa música.
Os micareteiros de plantão do Axé Brasil curtiram as músicas "Trezinho do Amor", "Simbora", "Quebra Aê", "Cheio de Graça", "Vale Night", "Gladiador", "Dança do Vampiro", "Pra lá de Bragadá", "Cansei de duvidar", "Eh cambada", "Com Amor" e "We are carnaval". Com esse repertório cantado por milhares de pessoas presentes o estádio , Durval tem motivos para acreditar no carinho e ficar feliz pela receptividade mineira. “Minas tem sempre uma reação muito simpática”, afirma ele.
